quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Consultório matrimonial

Apesar de não ter tido muito tempo para escrever não posso deixar de colocar isto, hoje, depois de ter estado à conversa com um amigo que me pedia a opinião ou conselhos para ainda tentar recuperar a sua relação com a namorada.
Quem me conhece sabe que eu sou e sempre fui uma pessoa coerente e analítica, por vezes até um pouco cru, onde consigo, claramente, diferenciar e distinguir aquilo que são as emoções da razão e porque adoro descobrir através da observação permanente que faço, e do que leio, sobre relacionamentos interpessoais e/ou casuais dos que me rodeiam ou apenas como espectador anónimo num local improvável. Talvez, por isso, a minha opinião costuma ser válida e prezada!

Num momento em que as relações passam por um estado geral de falta de liquidez afectiva, deixo aqui o meu modo de ver os relacionamentos avisando, desde já, os mais exigentes, que não posso deixar de sentir que está assim, um pouco, para uma espécie de consultório sentimental da revista “Maria” mas, confesso, por falta de tempo, inspiração ou motivação, não me ocorre nada mais organizado ou reflectido… talvez numa futura mensagem surja algo com mais conteúdo. De qualquer forma, a minha opinião para o que entendo ser a “base” ou, pelo menos, os factores que nunca devemos descurar para que a estabilidade, motivação e coesão dum relacionamento são:

Amigos demais, sedução a menos

Numa relação a dois, casados ou namorados, não deve haver a vida de amigo. Ou seja, seduzir o outro é fundamental. Sempre, constantemente e diariamente! O que acontece a maior parte das vezes é que a convivência diária leva a um excesso de intimidade e amizade e, entre conversas, partilhas, assistir a televisão, não convém, nunca, esquecer os jogos de sedução e conquista! O que muitas vezes acontece por se dar o outro como “adquirido”. Nada, muito menos alguém, está adquirido! Um simples “post-it” com um AMO-TE, depois de uma noite intensa de amor é o suficiente para o sorriso o acompanhe durante todo o dia;

Descuidar a aparência

Mais dedicado às mulheres, este aspecto, para dizer que não devem estar de pijama. A não ser que vão dormir. Mas não sempre, porque uma camisa de noite, sexy, também é necessária para provocar um desejo num dia mais cinzento. Além disso, lingerie de algodão, apesar de confortável não pode ser sinónimo de descuido ou desleixo. Tenham cuidado, homens e mulheres, no relaxar demasiado com a aparência. Não é preciso estarem vestidos, sempre, como se fossem para uma gala mas a vaidade na dose certa faz bem a ambos: à auto-estima e à sedução do par. Nunca ouviram a expressão “comer com os olhos”?;

Potenciar a criatividade

A vida obriga-nos a ser criativos e originais nos programas, passeios e brincadeiras que temos que fazer com os filhos ou no trabalho diário e quem não o for é derrotado. Não se pode esquecer que a vida afectiva e, sobretudo, a sexual merece um empenho ainda maior. Ser previsível abre a porta à monotonia;

Não deixar de conquistar

Quando se casa ou se vive junto existe a tendência para “afogar” o desejo ou fazer esquecer os pontos de atracção mútua. Sair à noite é sempre bom para nos podermos sentir observados e desejados, conviver com casais e, por vezes, sozinhos é bom para trocar olhares e reacender o romantismo. Dessa forma, é positivo deixar o quotidiano da casa e dos filhos;

Partilhar tarefas

Quando se partilha uma casa, devem-se partilhar, também, as tarefas. Mas não devem ser feitas, necessariamente, juntas. Dentro do lar é bom que cada um encontre o seu espaço. O seu canto, ou que o sintam como o seu, e a sua privacidade. O quarto, esse, é de ambos e deve reservado para um tempo especial, íntimo e apimentado;

Não perder a iniciativa

Deve-se tomar a iniciativa e não ficar à espera que essa mesma iniciativa seja sempre do parceiro. Porque aí não somos nós que estamos a querer e a desejar mas sim a acompanhar, a corresponder, apenas, a um desejo do companheiro. Mais cedo ou mais tarde ele vai notar e cansar-se disso. Demonstrar interesse anima ambos e levanta a auto-estima do par. Além disso, pior ainda, dizer sempre que não, vai fazer com que o outro se desinteresse também;

Abusar da intimidade

Nós, homens, pensamos que as mulheres já nascem bonitas, depiladas ou cheirosas. Podem partilhar os espaços e momentos íntimos connosco, assim, da mesma forma que podem entrar no nosso espaço enquanto, por exemplo, desfazemos a barba. Nós não nos importámos; e

Abertura sexual

Estejam abertos a novas experiências sexuais. Sem receios, sem tabus! Não sejam quadrados ao pensarem que sabem “tudo”. Nunca ninguém sabe tudo e todas as pessoas são diferentes no seu comportamento, à-vontade ou grau de exigência. Além disso, estejam sempre dispostos a aprender e não encarem os conselhos como uma crítica ao vosso desempenho. Uma mulher gosta de um homem meigo, gentil e romântico. Mas, por vezes, também gosta que a agarrem por trás, a encostem contra uma parede ou a atirem para cima da cama e a possuam de uma forma lasciva ou voluptuosa! Lembrem-se, no entanto: não se consegue agradar a todos. Por muito bons que se possam sentir há sempre alguém que pode ser melhor!

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