quinta-feira, 1 de julho de 2010

Carjacking


Pois é, desta vez fui eu a vítima! Ou, pelo menos, fui vítima de tentativa de carjacking, já que o propósito não foi concretizado. O que aconteceu, e onde aconteceu, para quem conhece o local, foi que, na variante que faz a ligação entre o mercado abastecedor e a rotunda das Areias, de acesso ao IC 29, na cidade do Porto, numa das passadeiras, eu tive que parar para deixar passar uma criança que estava no separador central! Ora, ao fazê-lo, fui surpreendido por uns quantos, penso que 4 ou 5 indivíduos, ainda adolescentes, de cara tapada e objectos na mão, cuja natureza dos mesmos não consegui identificar, a saírem do meio dos arbustos para me tentarem assaltar!!! Obviamente, a tal criança fazia parte do esquema...

Felizmente, foram mal sucedidos nas suas intenções por duas razões:
1º - Porque tinha acabado de ir abastecer o carro momentos antes, ao sair da bomba, como tive que parar o carro na berma para guardar a carteira, tive o instinto de trancar as portas o que impediu que tivessem conseguido abrir a do ocupante, já que ainda conseguiram puxar pelo manípulo;
2º - Por sorte, ou talvez não, no momento em que parei o carro na passadeira ia pegar no telemóvel que estava em cima do banco do ocupante e esse mesmo gesto permitiu-me aperceber, imediatamente, o instante em que os meliantes saíram do "esconderijo" pois, senão, se estivesse a olhar para a frente ou para o lado oposto era desagradavelmente confrontado, cercado e limitado nas possibilidades de reacção!
Só tive tempo de arrancar e virar o guiador para não atropelar a criança que estava à frente do carro, ainda na passadeira...

Não valeu para o susto, como devem imaginar, e, por muito que ouçamos falar, pensámos sempre que só acontece aos outros e nós estamos isentos destas situações. Mas não estamos!!! Quando menos esperamos elas surgem-nos e podem atingir-nos, de forma violenta, sem aviso ou pedir licença.

Como, mesmo nos episódios mais tristes, há sempre um pouco de humor, eis chegado o momento de o contar. Ora, após o acontecimento, dirigi-me de imediato à esquadra da Polícia para informar do sucedido e fazerem deslocar ao locar um carro patrulha. Contei o que tinha sucedido e no final diz-me o polícia com toda a calma:
- Eu não conheço o local. Não quer ligar para o 112?
Como?!?? Ora, vejamos, então eu vou à esquadra, que fica a poucos quilómetros do local, para informar a Polícia dum crime que estava, naquele momento, a decorrer e eu é que ainda tinha de ligar para o 112, que tem um atendimento centralizado em Lisboa, para explicar toda a situação a alguém que nunca tinha ouvido falar, sequer, das Areias?!?? E foi mesmo isso que aconteceu…
Cena digna de um filme do Woody Allen, só tenho que agradecer ao polícia pela amabilidade que teve ao marcar 112, no telefone da esquadra, porque, entretanto, eu tinha ficado sem bateria no meu telemóvel, e ter ficado com cara de parvo a olhar para mim enquanto eu falava com o assistente a explicar-lhe o que, e onde, aconteceu!!!

Deixo-vos dois conselhos para o futuro: andem sempre, sempre, de portas trancadas, no carro; e, quando tiverem que parar, principalmente à noite, num semáforo ou passadeira, tentem não se alhearem demasiado do espaço que vos rodeia!

6 comentários:

Brandie disse...

Espero que estejas bem e que tudo não tenha passado de um grande susto.

Atena disse...

Grande susto, ao menos tá td bem!!!

Eu ando sempre com as portas trancadas, e deixo spr espaço entre o carro da frente caso aconteça k coisa spr th espaço de manobra!!!

Já não ha sossego fonix!!!

Lady disse...

Imagino o valente susto... sempre tenho atenção às portas fechadas e de apesar de dia ser muito distraida à noite tenho especial cuidado, mas diante de uma situação destas não imagino qual seria a minha reacção.
Beijos

Anónimo disse...

Até me dá vontade de passar a andar armado com uma shotgun no carro.

O Gajo disse...

Brandie,

Foi um grande susto, sim, mas já passou! Obrigado.

Atena,

Faz muito bem!!! Como vê, evitou males maiores. Cumprimentos do Olimpo.

Lady,
Eu, também, antes de passar por ela, não saberia dizer qual seria a minha reacção! Acho que o instinto de reacção ou defesa acabou por funcionar, aqui. Um Gentleman ao seu dispor.

L.O.L.,
Isso não! Nunca!!! Violência não deve gerar violência.

Tanita disse...

Bolas, nem quero imaginar o susto. E achamos sempre que estas coisas só acontecem aos outros não é?